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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

O poeta - Rilke

Vai-te para longe de mim, hora.
O bater de tuas asas me excrucia.
Mas de minha boca, que fazer agora ?
e da minha noite ? e do meu dia ?

Eu não tenho amada nem abrigo,
sequer um lugar para viver eu tenho.
Todas as coisas em que me empenho
tornan-se opulentas e acabam comigo.


Do livro Poemas de Rilke- Companhia das Letras- 1996- Tradução de José Paulo Paes

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